segunda-feira, 10 de junho de 2024

VIDA DE PAULISTA SERIAL KILLER DE CRIANÇAS PODE VIRAR FILME

Foto: Divulgação
Há três anos chegou a informação de que o caso do Serial Killer que raptava e matava crianças em Rio Claro, no interior de São Paulo, seria transformado em filme nos Estados Unidos. Mas até agora não se teve mais informações sobre a produção.
O longa-metragem falaria sobre o Serial Killer Laerte Patrocínio Orpinelli, que admitiu ter raptado, estuprado e assassinado inúmeras crianças em algumas cidades paulistas, entre elas Rio Claro, Pirassununga, Bauru, São Carlos, Monte Alto, Itu, Franca, Potirendaba e Araraquara.
“Crimes foram cometidos durante três décadas”
A maioria dos crimes, sempre praticados com requintes de crueldade, ocorreram durante todas as décadas de 1970 a 1990, quando dezenas de desaparecimentos misteriosos de crianças começaram a ocorrer pelo interior de São Paulo, principalmente na região norte do Estado.
As vítimas, quase sempre crianças com idades entre 8 e 10 anos, eram encontradas dias depois dos desaparecimentos, com o crânio esmagado por socos ou estranguladas, as duas maneiras preferidas que o assassino usava para matar.
Nascido e criado em Araras, Laerte Patrocínio Orpinelli, que ficou conhecido como “O Monstro de Rio Claro” e “O Maníaco da Bicicleta”, perambulou por dezenas de cidades do interior de São Paulo, durante três décadas, percorrendo uma trajetória sangrenta e sádica de crimes macabros. O assassino estuprou e matou com requintes de crueldade, um número ainda não contabilizado de crianças. Quando preso, admitiu ter feito mais de cem vítimas, durante os trinta anos de crimes horrendos.
“O criminoso nasceu em 1952”
Spinelli nasceu em Araras, em 1952, sétimo filho de uma família de nove irmãos. Possuía um comportamento agressivo com a família, vizinhos e, sobretudo, com a própria mãe. Esta, por sua vez, na tentativa de puni-lo, o amarrava ao pé da mesa, o que só provocava ainda mais sua ira.
Na adolescência, tornou-se alcoólatra, o que seria a causa principal de diversas internações, sendo a mais longa com duração de cinco anos na Clínica Psiquiátrica Antonio Luiz Sayão, em sua cidade natal.
Laerte era um andarilho. Durante muito tempo viveu de cidade em cidade na região norte paulista, onde trabalhava como engraxate. Possuía um caderno onde anotava as datas e as cidades por onde passava. Mais tarde, o mesmo caderno foi utilizado pela polícia para determinar a compatibilidade dos momentos dos crimes com o maníaco.
Laerte utilizava uma bicicleta vermelha (por isso o pseudônimo de Maníaco da Bicicleta). Em entrevista à revista Isto É, ao ser indagado sobre o porquê matava criança, Orpinelli respondeu: “Eu gosto de ver o corpinho delas. Gosto da beleza que elas têm. Quando bebo incorporo o Satã, fico nervoso e sinto esse desejo. Sinto prazer em vê-las aterrorizadas”.
Ele foi preso em Leme em 2000, num posto de gasolina em uma operação realizada pela Polícia Militar. Após confessar onze assassinatos, Laerte indicou a localização das ossadas para a Polícia Civil, tanto na cidade de Rio Claro, quanto em cidades vizinhas onde assumiu ter cometido crimes.
Laerte foi a júri em 2001 e em 2008 foi condenado a penas acumuladas nas cidades onde ocorreram os crimes. Em 16 de janeiro de 2013, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo informou que, após uma transferência, o criminoso foi encontrado morto pelos carcereiros da Penitenciária de Iaras. Laerte morreu de causas naturais, devido ao histórico de diabetes e hipertensão.
“Jornalista passou anos estudando os passos do Serial Killer”
Inconformado com o assassinato de duas garotinhas, ambos ocorridos na cidade de Itu, no ano de 1984, quando tinha apenas 10 anos, o jornalista ituano Reginaldo Carlota, passou anos seguindo de maneira obsessiva a trilha de sangue deixada pelo andarilho assassino e foi refazendo toda a rota de seus crimes.
A obsessão do autor pelo criminoso era tanta, que ele perambulou durante meses por diversas cidades do interior paulista, pegando carona nas mesmas rodovias em que o assassino pegava, atrás de informações sobre ele. O autor também ia pessoalmente até os locais onde o maníaco havia matado suas vítimas, frequentava os mesmos bares que ele havia frequentado, conversava com as mesmas pessoas que o assassino havia conversado, ouviu depoimentos de familiares e conhecidos das vítimas e pesquisou inúmeros inquéritos policiais sobre os assassinatos de crianças. Carlota também entrevistou três delegados envolvidos nos casos e chegou ao extremo de pernoitar nos mesmos albergues noturnos em que o andarilho dormia, tudo para descobrir o máximo que podia sobre o serial killer e traçar seu perfil psicológico.
“História foi contada em livro e pode virar filme”
O resultado desse trabalho investigativo foi o livro reportagem “O Matador de Crianças”, lançado em 2011. Fundamentada em rigorosa pesquisa jornalística e numa investigação obsessiva, conduzida pelo próprio autor, a obra é um documentário chocante, brutal e assustador, sobre o Serial Killer Orpinelli.
Lançado pelo selo editorial “Serial Books”, do próprio Carlota, o livro já vendeu mais de 15 mil exemplares desde o lançamento e serviu de base para os roteiros dos episódios “O Monstro de Rio Claro”, da série “Instinto Assassino” do Discovery Channel e da série “Investigação Criminal”, da Netflix. Mas no momento encontra-se esgotado.
Ambos os documentários já foram exibidos em mais de 100 países e contaram com a participação de Carlota como convidado especial, sendo que, nas duas séries ele traçou o perfil psicológico do assassino e explicou em detalhes como Orpinelli seduzia e matava suas vítimas, todas crianças de origens humildes.
A obra também ganhou bastante destaque em inúmeros jornais do Brasil e até nos Estados Unidos. Em 2018, Carlota morou uma temporada entre Nova York e Miami e, na ocasião, aproveitou para promover seu livro por lá. Os jornais norte-americanos chegaram a chamar o autor de “Serial Killer Hunter” (Caçador de Serial Killer) e vários tabloides, como o “Brazilian Times”, escreveram matérias sobre Carlota e sua obra.
Por conta da divulgação que o livro obteve no exterior, Carlota recebeu uma proposta para ter sua obra transformada em filme nos Estados Unidos.
“Na verdade, não estou realmente surpreso, pois já faz alguns anos que venho mostrando esse livro não só nos EUA, mas também na Europa e explicando o potencial que ele tem para tornar-se um thriller de suspense como “Psicose” ou “O Silêncio dos Inocentes”.
Orpinelli é sem dúvida alguma um dos maiores assassinos de crianças do mundo e uma história chocante como essa, precisa sim ser conhecida pelo maior número de pessoas possível. Se já existiu o tal “Bicho Papão”, acredite, era ele, o Laerte Orpinelli”, declarou Carlota.
Em 2021, o escritor iria aos Estados Unidos para tentar finalizar as negociações da adaptação de seu livro para as telas. Porém, por questões contratuais, por enquanto, até hoje não foram revelados detalhes do negócio.
“Recentemente tirei um novo Visto Americano que vale pelos próximos 10 anos, mas por conta dessa pandemia, ainda não sei ao certo quando poderei viajar para os EUA, mas, assim que estiver liberado e o estúdio der autorização, contarei todos os detalhes do negócio”, finalizou Carlota à época.
Fonte: Diário de Rio Claro
V
eja “Investigação Criminal”: https://www.youtube.com/watch?v=vbvfcyEaB-w

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