terça-feira, 24 de setembro de 2024

PEIXE VIVE EM CATIVEIRO HÁ NOVE DÉCADAS

Fotos: California Academy of Sciences
1938: pouco antes da Segunda Guerra Mundial eclodir em 1939 - na época, o exército nazista de Adolf Hitler invadia a Áustria - um navio a vapor que ia da Austrália a São Francisco capturou 231 peixes. Hoje, todos estes já morreram, com exceção de apenas um: o peixe pulmonado australiano apelidado de Methuselah (referência ao também longevo Matusalém da história bíblica).
Methuselah, que hoje vive no Aquário Steinhart, em São Francisco, é considerado o peixe mais velho em cativeiro - ainda que não se saiba a idade precisa do animal, a equipe do aquário acredita desde setembro do ano passado que ele tenha ao menos 93 anos. "Embora a gente saiba que Methuselah chegou aqui no final dos anos 1930, não havia método para determinar sua idade na época", diz em nota Charles Delbeek, curador de projetos do Steinhart.
A honraria passou para seu nome em 2017, após outro peixe geriátrico, Granddad, morrer aos 109 anos no Aquário Shedd, em Chicago, onde viveu por 80 anos. Granddad passou por eutanásia com o agravamento de complicações relacionadas à idade. Assim como seu colega de São Francisco, o animal centenário também era um peixe pulmonado australiano. Espécie que é inclusive parente distante da piramboia, peixe da bacia do Amazonas.
Alguns fatores colaboram para a longevidade dessa espécie:
• Adaptação para fora d'água: os peixes pulmonados são uma das poucas espécies remanescentes de uma linhagem que se estende, segundo acreditam cientistas, aos primeiros habitantes aquáticos a tentarem a sorte em terra firme cerca de 400 milhões de anos atrás. Destes antigos seres, esses peixes herdaram pulmões capazes de processar o oxigênio do ar atmosférico, além de guelras para a vida submarina, tornando-os hábeis em sobreviver sob cenários diversos nas águas rasas que chamam de lar;
• Baixo metabolismo: em termos metabólicos, o peixe pulmonado é um bocado econômico. Em outras palavras, ele precisa se alimentar pouco e é capaz de conservar energia de forma eficiente;
• Baixa taxa de crescimento: outro fator que auxilia na gestão energética do animal é que essa espécie cresce pouco a pouco com o passar dos anos; Methuselah, por exemplo, mede cerca de 120cm e pesa 18kg;
• Capaz de hibernar: além de ser um peixe "econômico", ele também pode entrar em um período de hibernação, no qual deixa de depender de alimentação e de água devido a uma baixa extrema no metabolismo. Em situações de seca ou de climas extremos, o peixe pulmonado cava a lama e se reveste de uma mucosa protetora, e pode passar meses ou anos nesse estado de suspensão.
Veja Meet Methuselah: “Celebrating a Longtime Academy Icon” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=4-m1nb64OXE

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